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CULTURA

Na penumbra da memória, em busca de um país inocente

Foto do escritor: Jorge CamposJorge Campos

Atualizado: 23 de out. de 2020




Eis a límpida fonte da alegria, o fogo verde dos pinheiros quando o verão desagua no espelho do mar e reflecte o mistério dos que pregaram estrelas na cúpula do tempo e inventaram o ritmo dos sonhos no ritmo dos animais em movimento.

Eis a leve mão tão leve soltando o pássaro da manhã, lá onde o sol aquece a boca e o ar é puro e as palavras são como peixes no lume das águas

abrindo sulcos em dunas de cores bravias.

Eis a doce vertigem das marés, seu delicado movimento levantando a brisa, depois o vento, como se no ângulo aceso das horas se ouvisse uma dança de corpos vagabundos, depois um tropel de cavalos maravilhados

cavalgando o galope dos rins violentos.

Ei-los, os viajantes do tempo sem tempo, sem norma nem clausura, trazendo no abandono dos olhos, despojados e nus, o súbito clarão da ternura.

Eis um país inocente.


Verão, 1976

 
 
 

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

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Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

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Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

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