top of page

CULTURA

Cinema e fascismo 13

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 21 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 22 de out. de 2023



Verão Violento (1959) de Valerio Zurlini. Este filme extraordinário é a história de um amor impossível. Tudo se passa num momento crítico da história do fascismo italiano em 1943. O filme começa no momento em que o Duce convoca o seu gabinete e verifica assombrado que perdeu a confiança da maioria dos que lhe estavam mais próximos. A desastrosa aliança com os nazis, a guerra na União Soviética onde os italianos perderam 200 mil soldados, mais a questão das leis raciais e ainda o caos reinante levaram o caricato imperador Victor Emanuel a exigir a sua resignação. Aturdido, o ditador pôs-se em fuga e sujeitou-se a ser o chefe fantoche da República de Saló, no norte de Itália, criada pelos alemães. Nada disto é mostrado no filme de Zurlini, mas tudo isto lá está como pano de fundo sinalizado através de notícias da rádio e dos jornais. Um jovem, filho de um proeminente fascista, encontra uma mulher mais velha de uma família burguesa de tendências antifascistas. São duas almas à deriva. O jovem, protegido pelo pai, nem sequer fez o serviço militar e vive num meio onde ninguém parece perceber o mundo à volta. A mulher procura um sentido para a existência. Na cena final, em fuga, após um bombardeamento da aviação aliada, parece que irão encontrar um destino comum. Mas, cada um na sua circunstância, seguirá o seu caminho. Porventura, caminho nenhum. Fabulosas interpretações de Eleanora Rossi Drago e Jean-Louis Trintignant.

Comments


Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

Iluminação Camera

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Estático

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

televisão sillouhette

Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

bottom of page