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CULTURA

"O meu coração ficará no Porto"

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 4 de out. de 2020
  • 2 min de leitura


Na véspera do dia 5 de outubro de 2010, o meu documentário "O meu coração ficará no Porto" estreou no Teatro Nacional São João do Porto. A sinopse do filme é como segue:


Para muitos o dia 14 de Maio de 1958 terá sido o início do fim da ditadura em Portugal. A cidade do Porto saiu à rua para receber o General Humberto Delgado, candidato pela oposição à eleições presidenciais. Dias antes, instado a pronunciar-se sobre o destino de Salazar caso vencesse as eleições, Delgado proclamara: “Obvimente demito-o”. Foi o rastilho que incendiou o País. 50 anos mais tarde, o Porto evocou esse dia memorável em que o Povo saiu à rua numa manifestação sem precedentes, para sempre ligada ao destino do General Sem Medo.


Um pouco de história


O general Humberto Delgado foi assassinado a mando de Salazar num dia 13 de fevereiro, em Espanha, corria o ano de 1965. A brigada da PIDE que o matou era chefiada por um tipo sanguinário de nome Rosa Casaco, embora o autor do disparo fatal tenha sido um agente de nome Casimiro Monteiro. Mais tarde, no tribunal, os pides, à excepção do autor material, safaram-se e o tal Casaco, depois de uns tempos a tomar ar no estrangeiro, Viveu agradavelmente instalado em Cascais. No tempo do professor Cavaco, se bem se lembram, houve até pensões atribuídas a pides por "relevantes serviços" prestados à nação, ao mesmo tempo em que era recusada idêntica prestação ao capitão Salgueiro Maia. A foto é de um documentário que fiz há anos em colaboração com alunos, colegas e técnicos do IPP chamado "O meu Coração ficará no Porto". Estreou num Teatro Nacional de São João com lotação esgotada faz hoje 10 anos. Foi uma noite fantástica. Não sei se é bom ou mau, embora o tenha, pessoalmente, na conta de um trabalho estimável, até pelo facto de muitos estudantes, à data, nunca terem ouvido falar do general Humberto Delgado e, participando no filme, se interessaram e procuraram saber mais.


Deixo-vos o link para o caso de o quererem ver.



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Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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     Criado por Isabel Campos 

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