na penumbra da memória, respirar
- Jorge Campos
- 9 de jul.
- 1 min de leitura
Atualizado: 6 de ago.

Tu que de areia te cobres
e evitas a floresta,
porque recusas o espaço dos meus braços,
o arco das minhas pernas?
Que rio de águas lentas, farrapos
de nuvens ou evanescente
sol poente faz do voo das aves em fuga
o lugar de refúgio de apenas ser ao longe?
Afasta o musgo do silêncio, bebe
a seiva das árvores, busca o fogo da terra:
olha sem sombra e sem suspeita:
livra-te do medo.
Jorge Campos
Moçambique, LM, 1971




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