na penumbra da memória, vento
- Jorge Campos
- 6 de jul.
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Atualizado: 6 de ago.

Dia a dia
os dias desenham a penumbra na pedra,
pedra a pedra alastra o bolor lento
Em breve
o rosto será apenas o paradoxo
de uma ruína sem memória,
o tempo sem tempo
no silêncio onde esmorece
a luz efémera da paisagem
Regride o sopro na copa das árvores
E, contudo, há a brisa,
o vento
Jorge Campos
Moçambique, LM, 1971




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