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   viagem pelas imagens e palavras do      quotidiano

NDR

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 7 de out. de 2020
  • 1 min de leitura


A evidência do ano (1919) foi a confirmação do regresso em força da História. A foto é de Agustí Centelles, fotojornalista catalão que cobriu a Guerra Civil de Espanha do lado republicano. Poucas horas antes da queda de Barcelona nas mãos dos fascistas, Centelhes conseguiu escapar para França, através dos Pirinéus, tendo como única bagagem uma maleta com milhares de negativos. Ttivessem eles caído nas mãos de Franco e muitos republicanos teriam sido identificados e, provavelmente, fuzilados. A Guerra Civil de Espanha fez mais de 400 mil mortos. O estado espanhol nunca soube - ou não quis - lidar com o passado. Uma parte substancial do Partido Popular saiu do franquismo e isso explica muita coisa, mas não explica tudo. O homem da foto existiu, agigantou-se, foi muitos. A pretexto de não reavivar feridas do passado, ninguém lhe fez justiça. O problema é que as feridas devem ser tratadas. Não o tendo sido, regressaram os velhos fantasmas. É o que dá varrer a História para debaixo do tapete.

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 7 de out. de 2020
  • 1 min de leitura


Os anos 20 e 30 tiveram bandidos magníficos. De Al Capone a John Dillinger há uma notável galeria de inimigos públicos cujo fim, regra geral, foi escrito por uma chuva de balas. De entre todos, eu gosto especialmente de Bonnie Parker e Clyde Barrow, de quem Arthur Penn fez um retrato justo e poderoso num filme de 1967 que está longe de ser uma mera história de bons e maus. Bonnie e Clyde não eram só um par bonito e romântico: assaltavam bancos e, isso, naquele tempo e naquele lugar, não era para qualquer um.

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 7 de out. de 2020
  • 1 min de leitura


John Maynard Keynes não está na foto. Mas está Lloyd George, à direita. Keynes acompanhou-o nas negociações de Versailles que haveriam de ditar a humilhação da alemanha após a I Guerra Mundial. A dada altura, foi afastado. Os demais negociadores não apreciavam o seu estilo fambloyant - traduzam por flamejante - e não entendiam o seu ponto de vista. Que dizia ele? Que as condições que se pretendiam impor à Alemanha teriam consequências trágicas para a Europa. Quando saiu, escreveu um livro: Economic Consequences of Peace (1919). Foi uma obra premonitória. Hitler seria eleito em 1933. Por qualquer razão, lembrei-me de Yannis Varoufakis.

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C A T E G O R I A S

Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

Iluminação Camera

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

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Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

televisão sillouhette

Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

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