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   viagem pelas imagens e palavras do      quotidiano

NDR

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 4 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

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Bairro da Pasteleira. Fonte: DN

o 204 do STCP passava junto do muro do parque da Pasteleira. um paralelepípedo atirado do exterior rebentou uma janela e deixou os passageiros em alvoroço. não atingiu ninguém, mas assustou. o condutor disse ser recorrente. na madrugada anterior a porta de uma garagem do meu prédio foi arrombada e parcialmente destruída. episódios como estes fazem parte do dia a dia. a uns 500 metros do lugar onde vivo continua a funcionar um mercado de droga a céu aberto. no jardim, em frente à varanda do meu apartamento, vejo grupos de toxicodependentes que se injectam. deixam lixo e seringas em todo o lado. andam em pequenos grupos sem quaisquer cuidados sanitários. não tendo para onde ir, montaram um acampamento nas traseiras de Serralves. a situação arrasta-se há meses. a presença da polícia é agora mais assídua e há até uma viatura que circula como uma instalação de som a mandá-los dispersar. hoje esteve aqui uma brigada de investigação de crime. tudo isto parece cada vez mais um filme de terror. de um lado, pessoas no limiar de outro mundo, verdadeiros zombies, cada vez mais acossadas e, por isso, propensas ao vandalismo por raiva e desespero. do outro, um dispositivo policial visível mas de eficácia marginal. e no meio a esmagadora maioria dos cidadãos que só quer paz e tranquilidade, a começar pelos habitantes do bairro da Pasteleira onde funciona o tal mercado a céu aberto. são problemas a mais que não se resumem a casos de policia e não se resolvem só com repressão. exigem, sobretudo, ponderação adequada e políticas públicas urgentes. na verdade, se 59 por cento da população prisional é constituída por toxicodependentes é porque temos de lidar com uma questão social de proporções alarmantes. e, no imediato, ajudar aqueles a quem já pouco sobra de dignidade humana.


23/09/2020

 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 4 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 4 de fev. de 2021


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a bastonário da ordem dos enfermeiros, foi à SIC explicar o beijo ao andré, antigo companheiro do Conselho Nacional do PSD. entre outras coisas ela não confunde o beijo com a política, não viu ninguém sem máscara no acampamento do amigo e quanto ao caso da castração química não tem opinião formada mas prometeu pensar no assunto. fez também questão de explicar que retirar os ovários a uma mulher que tenha feito um aborto foi apenas a proposta contida numa moção o que não implica o tal chega. e sobre o facto de o tal querer acabar com o serviço nacional de saúde, disse nada. na verdade, também nada lhe foi perguntado. em suma, os enfermeiros estão bem entregues. a bastonária vê mal mas convive bem com malta que apresenta propostas sobre ovários, acha a castração química merecedora de ponderação e sobretudo é muita dada a afetos. adora beijos. confirmada fica igualmente a ideia do PSD ter um belo viveiro de talentos underground.


21/09/2020

 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 4 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

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Fonte: Sábado, Nuno Veiga/Lusa

prometeu uma grande marcha, a maior alguma vez vista em Portugal. seria contra a hipocrisia do racismo para esconder a corrupção, palavras dele. possivelmente com a marcha sobre roma do benito e o assalto a berlim planeado pelo adolfo no bestunto chegou a anunciar a presença dos cruzados le pen e salvini. a coisa correu-lhe mal. chegado mais a sua tropa fandanga à praça giraldo, em évora, ouviu a grândola e deparou-se com uma multidão bem maior do que a pelintragem que juntou. de modo que chegou, viu e desandou com o rabo entre as pernas. mais lhe valia ter escolhido para a celebração o quintal de um patrocinador. poupava-se à vergonha e poupava-nos o incómodo.


19/09/2020

 
 
 
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Criado por Isabel Campos 

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Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

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Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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