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   viagem pelas imagens e palavras do      quotidiano

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  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 18 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

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Rui Rio e Luís Filipe Menezes. Fonte: Jornal de Negócios

Tenho o hábito de saber das notícias. Gostei de ouvir Rui Rio dizer que deixa um legado imaterial. Não me tinha apercebido. Foi há dias e fiquei a pensar no assunto. Agora, pronto, lá saltou fora outro secretário de estado. Chegou, viu e desandou. Resta saber se a ministra que o escolheu fica ou também vai. Provavelmente, fica, pensei eu. O governo tem a confiança do Presidente da República e, como se percebe, a coligação que o sustenta é de uma coesão irrevogável. Além disso, ainda há muito trabalho pela frente. Basta ver como a reforma do estado consiste em dar cabo da vida de reformados e pensionistas, dos quais, evidentemente, o CDS é um acérrimo defensor.


Depois da tempestade virá a bonança, dizem-me na televisão. Pois. Mas eu receio que não. Por duas ordens de razões. A primeira: há uma Europa cuja liderança, de um modo geral, só sabe pensar a política como subsidiária dos interesses financeiros e há um governo em Portugal com uma crença inabalável nas receitas dessa Europa dos interesses financeiros. A segunda: havendo um défice democrático nas decisões políticas da União, ele – défice democrático – só pode replicar em Portugal de forma agravada dada a falência cognitiva da maioria que governa. Isto ainda vai acabar mal, divagava eu quando o arsenal simbólico da promoção de consensos me veio tentar tranquilizar. Fica calmo, disse o arsenal, não há alternativa. Ora, não me apeteceu ficar calmo e foi aí que me voltou à cabeça o património imaterial de Rui Rio. Entrei em flashback.


Rui Rio acabara de ganhar a Câmara do Porto. Para ele a cultura era algo de insondável. De tal modo que proclamou a prioridade das medidas sociais, nomeadamente a melhoria das condições de vida nos bairros, ao mesmo tempo que desenvolvia uma tese sobre o parasitismo dos “subsídio-dependentes”, ou seja, os agentes culturais. Como se houvesse incompatibilidade entre uma coisa e a outra. De caminho, alguém por ele tratou de dar corpo a um novo conceito designado de “cultura média” – em contraponto ao “elitismo” do Porto 2001 – o que, suponho eu, corresponderia a uma espécie de democratização das práticas culturais indo ao encontro do “gosto da maioria”. As primeiras manifestações da “cultura média” não tardaram. Passei a ter um Festival das Fancesinhas ao pé da porta e a animação dos bairros sociais foi entregue a uma rádio pimba. Pude assim ouvir da boca de um ministro do PSD, um tanto encabulado, é certo, que para chegar à música erudita talvez fosse necessário passar pelo cantor Emanuel. Isto depois de uma Capital Europeia da Cultura. Achei fabuloso. Seguiram-se corridas de automóveis e acrobacias de aviões. Temeroso de que um avião me entrasse pela janela e impossibilitado de chegar a casa devido ao trânsito interdito pelo tal circuito da Boavista, passei a evitar ficar no Porto em dias de corridas e acrobacias. Pelo meio, o Rivoli, Teatro Municipal, foi entregue a Filipe La Féria.


Nada me move contra as francesinhas. Nem contra o cantor Emanuel. Nem contra o teatro comercial. Tão pouco, apesar do incómodo, contra os grandes eventos capazes de atrair a atenção sobre a cidade, desde que não sejam pagos com o dinheiro dos munícipes e as contas, porque envolvem montantes consideráveis, sejam transparentes. Eu não gosto deste tipo de manifestações. Mas outros gostarão. E, por aí tudo bem. Só que o meu problema não é esse. O meu problema é o mar de equívocos. A inexistência de uma política cultural. A trapalhada de confundir cultura e entretenimento. Um teatro municipal com uma programação errante e aleatória. Espaços culturais sem ocupação. Conflitos com jornais e jornalistas. A ausência de critério, salvo o contabilístico. Mas, que diabo, será este o património imaterial de Rui Rio? Se é, vou ter de esperar sentado para ver quem o reclama.


Bom, ainda assim, talvez, com boa vontade, se encontre um subtexto nas suas declarações. Na verdade, apesar dele, há uma vida cultural interessante no Porto. E não me refiro apenas à programação mais institucional de Serralves, da Casa da Música, do Teatro Nacional de São João ou do Museu Soares dos Reis que, contra ventos e marés, lá vão fazendo o seu percurso e atraindo visitantes. Refiro-me aos agentes e criadores culturais que se afirmaram ou prosseguiram o seu trabalho justamente num quadro de resistência ao património imaterial de Rui Rio.


Aos que sabem que a cidade é uma construção do homem. Aqueles para quem a cultura, com o seu lastro de memória, é não só um elemento de identidade e coesão, mas também um sistema operativo de ponderação, transversal a todas as decisões e, como tal, músculo da cidadania. Aqueles para quem a imaginação faz crescer a cidade que é tanto mais cidade quanto mais é imaginada. Aqueles para quem não há cultura sem património, seja ele material ou imaterial, e que todo o património – mesmo o natural – não tem sentido sem referência à escala humana. Aqueles que também estão na candidatura que apoio e fazem com as suas próprias mãos intervenções de campanha no espaço urbano que dinheiro algum poderia pagar. Aqueles que nunca verei na televisão a dizer que não há alternativa.



(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")


 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 18 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de dez. de 2020

“Ora, a indiferença de que acusam o povo português não provirá, em parte, dos cruéis desenganos que tem constantemente experimentado, por banda dos políticos onde ele tem depositado, aliás, a sua confiança?”


Sampaio Bruno

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Sampaio Bruno

Gosto de participar em manifestações quando elas me parecem justas e necessárias. Aliás, assim sendo, tenho-as como dever cívico ao qual não posso furtar-me. Não me manifesto por tudo e por nada e nada tenho a opor a manifestações de sentido diverso daquilo que defendo. Sou pela democracia participativa qualquer que seja a causa e com uma única condição: o primado democrático tem de ser respeitado. Mas, não o sendo, e havendo, por exemplo, desregramento de quem manda e arbitrariedade de quem pode, então, a meu ver, faz sentido apelar à desobediência civil. Na tradição, aliás, do que de melhor a democracia tem.

Em rigor, sempre houve indignados. Quando no dia 31 de Janeiro de 1891 soldados, povo anónimo e algumas figuras públicas portuenses – como Sampaio Bruno – marcharam sobre o Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, o que aconteceu foi um acto de desobediência civil contra uma monarquia incapaz de governar e subserviente ao estrangeiro. Nessa altura não havia Troika, mas havia o império britânico. Não havia tratado orçamental, mas tinha havido a Conferência de Berlim que condenava ao fracasso a ideia de um mapa cor-de-rosa português. O célebre telegrama com o Ultimato mandando o rei desocupar o território entre Angola e Moçambique foi apenas o rastilho que incendiou a revolta do Porto e teve a sua expressão simbólica no hastear da bandeira verde e vermelha e na proclamação da República por Alves da Veiga na Praça da Liberdade. Foi curta a festa, é certo, e acabou mal para muitos revoltosos, sumariamente julgados em Conselho de Guerra a bordo de navios estacionados ao largo de Leixões. Mas nem por isso deixou de ser uma gigantesca manifestação de indignação dos portugueses face à capitulação da monarquia constitucional. Com consequências no futuro.

Há fases na vida das sociedades em que os representados deixam de se rever na maioria dos seus representantes e suspeitam do poder institucional. A razão é simples: perderam a confiança. Se ao tempo da revolta de 31 de Janeiro havia fadiga da trapalhada monárquica, agora há fadiga da cegueira da austeridade. Fadiga dos partidos da austeridade. Fadiga dos agentes da austeridade. Fadiga do fracasso da ideologia neo-liberal. Fadiga da pouca vergonha. Daí a emergência dos movimentos sociais – heterodoxos e heterogéneos – os quais, não tendo um programa de alternativa política, exprimem um sentir colectivo que é de recusa do estado das coisas.

Para além de palavras de circunstância, nem todos os partidos tiram daí consequências. Aliás, não podem. E, também, não querem. Não podem, porque tanto acreditam em soluções sistematicamente invalidadas pela vida real quanto estão amarrados aos compromissos delas decorrentes e cujas consequências estão à vista. E não querem porque o caos instalado no dia a dia da maioria das pessoas tem as suas vantagens para um grupo reduzido que vai ao pote – expressão clássica de Passos Coelho – não só sacar o dinheiro que é de todos, mas também o que ainda resta do património comum.

Eu leio nos episódios lamentáveis do quotidiano sinais do colapso de um determinado sistema e dos seus agentes dominantes. Por isso, é com muita curiosidade que verifico a emergência de possibilidades alternativas ganhando corpo em torno de iniciativas como a candidatura à Câmara do Porto que decidi apoiar. É uma candidatura formalmente identificada com o Bloco de Esquerda, mas gradualmente construída num processo assembleário – gosto do neologismo – dando voz a quantos nele quiserem participar. Uma candidatura cidadã na qual convergiram pessoas de diferentes sensibilidades, na maioria sem filiação partidária, cujo denominador comum assenta no inconformismo face à situação do país e dos reflexos terríveis que daí decorrem para uma cidade já de si diminuída pela gestão medíocre de uma coligação PSD/CDS. Uma candidatura em movimento, atenta aos movimentos sociais e que não se esgota no acto eleitoral, antes pretende prosseguir para além dele.

Porque é inclusiva e tem propostas. Porque essas propostas, muitas vezes simples e sempre exequíveis, resultam de contributos reunidos em torno de um fórum participado por centenas de pessoas apostadas em pensar a cidade para a devolver aos cidadãos. Isso chama-se democracia participativa. Se necessário, saindo à rua para exprimir indignação. Se necessário, desobedecendo. Dizia Sampaio Bruno:


Todo o ponto consiste em saber como, quando, até onde essa faculdade perigosa, mortal e salutar, do desrespeito e da desobediência pode e deve ser exercida. Os que não sabem desrespeitar e desobedecer são os tumultuosos, os insolentes, os atrevidos, os tolos; mas os que sabem desrespeitar e desobedecer são os inovadores, os reformadores, os beneméritos. Uns promovem a desordem, os outros fomentam o progresso; uns provocam a confusão, os outros produzem a civilização.”

(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")

 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 18 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 10 de mar. de 2021


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Bairro de Aldoar. Fonte: JN
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Luís Filipe Menzes, candidato do Governo. Fonte: Jornal de Negócios

Há dias, um candidato à Câmara do Porto andou pelo bairro de Aldoar e, segundo o testemunho de moradores, fez promessa de construir uma piscina. Alguém lhe terá dito que até dava jeito porque sempre haveria onde tomar banho. O comentário faz sentido: não falta ali gente sem água em casa pela simples razão de não ter como pagá-la. Mas a história não fica por aqui. Como é habitual nestas circunstâncias, havia um fotógrafo. Pouco tempo volvido, os moradores receberam como prenda uma fotografia alusiva à visita do candidato com moldura a preceito.


É claro que cada candidato tem o seu estilo, apesar da normalização dos cartazes onde a generalidade dos políticos do velho arco da governabilidade ostenta o fulgor juvenil concedido pela graça do photoshop. A propósito, passando há dias por Oeiras, vi enormes outdoors ao estilo O Horizonte é Vermelho, o famoso filme da Revolução Cultural chinesa, com um remoçado dr. Flores e as setinhas do PSD. Foi uma grata surpresa. Salvo o pormenor das setinhas – aqui pelo Porto, sumiram – sempre há sinais inequívocos de que, no maior partido da coligação, por cada malfeitoria de Mr. Hyde no governo há um Dr. Jekyll que se levanta no poder local.


Tanto assim que o Dr. Jekyll que nos coube é imbatível nas questões sociais. E tem o seu estilo. Ao ouvi-lo falar sobre aquilo que vai fazer nos bairros – piscinas, jardins, parques infantis, obras nas casas, apoio aos idosos e tantas outras coisas cuja simples enumeração não caberia no espaço desta crónica – cheguei a pensar se ele não estaria a falar de um clube Med. Mas não. Ele vai transformar os bairros sociais em bairros de classe média. Eu, digo-o já, faço questão de aplaudir. E se a esse desígnio juntar a catadupa de prodígios propalados a bem da cidade, sinto-me obrigado a dar a mão à palmatória e a concluir que a austeridade do Mr. Hyde do governo, contra a qual me tenho insurgido, simplesmente não existe e, como tal, eu tenho andado a esgrimir contra moinhos de vento.


Tudo estaria bem e eu nas minhas sete quintas, não fora um pequeno problema. Diz-se que quando, em meia dúzia de dias, Stevenson escreveu The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde estava num tal estado de exaltação que mal conseguia controlar o turbilhão de ideias que o assaltava. O resultado foi uma novela em relação à qual, ainda hoje, quase 130 anos mais tarde, continuam a ser feitas as mais diversas interpretações sobre a identidade dos nossos outros. Talvez por isso, se fico aturdido com a capacidade de efabulação do Dr. Jekyll, nem por isso consigo deixar de entrar em rota de colisão, todos os dias, com a narrativa de Mr. Hyde.


Por exemplo, sendo professor do ensino superior público, olho em volta e vejo a penúria dos meios disponíveis para o funcionamento dos cursos, a situação de precariedade dos investigadores, a angústia dos colegas mais novos a quem pouco ou nada servem os graus académicos, as dificuldades das famílias para pagarem as propinas dos filhos e os problemas dos estudantes com a exiguidade dos apoios sociais. Mas, dizem-me que se trata de uma reforma estrutural do ensino, a qual faz parte de uma reforma do estado, a qual, por sua vez, é uma exigência de uma entidade supranacional que me está a ajudar a livrar-me de problemas. Eu sinto na pele que tudo piora. Ora, dizem-me que tudo piora porque tudo melhora. Sendo pouco dado às subtilezas da novilíngua, enquanto eleitor, dou comigo a pensar: e se ao votar Jekyll me sai Hyde?


Vai daí, para clarificar as ideias, procuro fazer um exercício em função do novo acordo semântico. Vejamos. Que pensarão os professores sem trabalho em longas filas de espera nos centros de emprego? Devem estar felizes em nome da escola do futuro que passa bem sem eles, suponho. E os funcionários públicos que atendem os 900 mil desempregados, eles próprios na contingência de irem para a mobilidade? Só podem estar contentes com a modernização do estado, imagino. E os casais que deixaram de poder pagar as prestações das casas? Felizes por terem percebido que não podem viver acima das suas possibilidades, estou em crer. E os jovens altamente qualificados de partida para outras paragens? Radiantes, é o mundo da aventura, parece-me. E os pensionistas a quem agora se diz que os descontos efectuados ao longo da vida não eram para valer? Eufóricos, porque mais vale perceber as coisas tarde do que nunca, como é lógico. E os velhos obrigados a optar entre refeições e medicamentos? Serenos, porque sendo velhos são sábios, como é evidente.


Francamente, o exercício, faz-me espécie. Bem sei que em eleições autárquicas, muitas vezes, o perfil dos candidatos pesa mais do que as siglas partidárias. Eu, à cautela, é que, afinal, vou mesmo evitar candidatos associados a setinhas, sejam elas quais forem: arrebitadas para a direita, viradas para uma bolinha ao centro, disfarçadas ou simplesmente omissas em fundo azul. Nem Dr. Jekyll, nem Mr. Hyde. É um questão de elementar prudência.


De resto, pensando bem, até não tenho nada a ver com o psicodrama da direita no Porto. Interessa-me é acrescentar esquerda onde ela tem faltado: na câmara, na assembleia municipal e nas freguesias. Vai ser uma batalha dura, eu sei. Mas havendo ousadia, a convergência acontecerá. A propósito, veio-me à memória O Terceiro Homem de Carol Reed, um clássico do film noir centrado nos primeiros tempos da Guerra Fria. Diz Harry Lime (Orson Welles) a um perplexo Holly Martins (Joseph Cotten):


“Os italianos tiveram guerras civis, os Bórgias, catástrofes, mas produziram artistas como Leonardo da Vinci, Botticelli, Rafael, Miguel Ângelo, Bellini e Tintoretto. Os suíços tiveram 500 anos de paz e inventaram o relógio de cuco.”


De relógios de cucos, creio eu, estamos todos fartos.


(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")


 
 
 
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Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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