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   viagem pelas imagens e palavras do      quotidiano

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  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 20 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 23 de set. de 2020


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Fonte: Blogue Observatório de Gaia

Era Dezembro, mas fazia sol. Parecia um dia de Primavera. Logo pela manhã, ao sair de casa para tomar café nos Pinhais da Foz, quase não reconheci o bairro da Pasteleira. Da noite para o dia, aqueles prédios, que antes destoavam das moradias ricas envolventes, pareciam condomínios de uma prometedora classe média. Sentei-me no lugar habitual. Como de costume o Júlio Machado Vaz bebia um sumo de laranja ao balcão. Olá Júlio, disse eu. Viva, disse ele. O empregado, sempre melancólico de tanto fazer contas às contas por pagar ao fim do mês, veio à mesa de rosto desanuviado: o costume? Sim, disse eu. Está muito animado, comentei. Pois, disse ele, o observatório que me puseram ali no bairro resolveu-me todos os problemas. Todos, perguntei eu? Sim, disse o empregado, agora tenho quatro assoalhadas, água e luz, os miúdos têm os livros de borla, aprendem mandarim e vão à ópera uma vez por semana. Que bom, disse eu. Além disso, acrescentou ele, os velhos estão mais novos, passeiam todos os dias nos jardins com alguém a olhar por eles e está sempre sol. Fixe, pensei eu. A meio da torrada, saiu o Júlio e entrou o Manoel de Oliveira. Viva, mestre, disse eu. Ele acenou, como de costume. Pediu um café ao balcão. Vai logo à festa, perguntou o empregado. Qual festa, retorqui eu. Então, é o aniversário do mestre, disse o empregado. Ah, sim, e então, perguntei eu. Vai tudo para os Aliados – disse ele –, estão aí muitos estrangeiros e vamos ter uma grande noite de Óscares com montes de estrelas. Bem, eu já tinha ouvido dizer que o Woody Allen ia fazer um filme sinfonia sobre Vila Nova de Gaia, que o Martin Scorcese tinha um projecto para rodar uma sequela do GoodFellas ali para os lados do Bolhão e que o Clint Eastwood vinha ao Porto para a reposição do Hang ‘Em High no recuperado Cinema Batalha. Agora, o que eu não esperava era uma noite cheia de glamour. Para mais, acabara o Manoel de Oliveira de sair por uma porta – até logo, disse ele – e estava o Wim Wenders a entrar por outra a falar português – algo sobre uma ponte pedonal ou o rally de Portugal, não sei bem precisar – de modo tão empolgado que dei comigo em Berlim a pensar em alemão. Grandes notícias, sem dúvida. Daí a injustiça de acordar quando a história ia no melhor ao som odioso de um despertador a lembrar-me serem horas de ir tratar da vida. Saí de casa com uma conta de água no bolso de 58 euros e 52 cêntimos, outra de luz que me pareceu simplesmente obscena e ainda uma cartinha das Finanças a pedir um esclarecimento sobre não percebi bem o quê. Sempre paguei os meus impostos, disse para com os meus botões, mas enfim, logo se verá. Quanto ao resto, a situação é recorrente: peço eu os esclarecimentos e depois fica tudo na mesma. Desta vez, porém, havia uma novidade. A conta da água vinha com um papelinho azul da Câmara Municipal onde se lia no rosto “O PORTO DÁ O LITRO PARA DESCER O PREÇO DA ÁGUA” e, no verso, ficava-se a saber que uma família padrão de Vila Nova de Gaia paga 43 por cento acima da média da área metropolitana e 82 por cento mais do que pagaria no Porto. Ora aí está, pensei eu ainda mal acordado quando passava pelo Bairro da Pasteleira a caminho dos cafés nos Pinhais da Foz. É que há por ali diversos cartazes de propaganda eleitoral, nomeadamente: um da candidatura do partido maioritário do governo agora remodelado e do qual consta mais um homem ligado ao BPN; o outro de uma candidatura que é a preferida quer do actual presidente da câmara quer do outro partido do governo. Bom, adiante. Sentei-me na mesa de sempre. Lá estava o Júlio ao balcão. O empregado, tão melancólico como sempre veio saber se era o costume. Sim, disse eu. Depois desabafou. Pelos vistos, a Câmara, a tal que dá o litro para descer o preço da água, não se coíbe de a cortar nos bairros sociais a quem não consegue pagá-la ao fim do mês. Como no Lagarteiro e em Aldoar. Sucede o mesmo com a electricidade da EDP. As fachadas arranjadinhas dos prédios escondem afinal vidas aflitas de mais de 50 mil pessoas na sua esmagadora maioria desempregadas, inactivas ou com pensões de miséria. Bairros com jardins ao abandono. Ou sem jardins. Com espaços de convívio degradados. Ou sem espaços. Há muita gente à rasca, disse o empregado. Pois se há, pensei eu ainda lembrado de dois dias antes ter ouvido o primeiro ministro dizer que se as coisas não estavam a correr como o previsto era porque os portugueses tinham gasto menos dinheiro do que o governo esperava… Veio a torrada e eu a pensar nas listas da candidatura que apoio. Não faltam moradores de bairros. Também não faltam arquitectos e urbanistas. Nem sindicalistas. Nem sociólogos. Nem técnicos de saúde. Nem trabalhadores dos serviços de transportes. E por aí fora. Vivem, andam, por vezes trabalham nos bairros. Partilham uma preocupação comum: o Porto deve ser uma cidade inclusiva, interclassista, sem estigmas. Mas não prometem nada a ninguém. Ouvem, fazem propostas, discutem-nas. Para eles, os cidadãos têm direitos e deveres. Por isso, quando iniciativas de moradores dando utilidade a lugares ao abandono são reprimidas pela polícia, como sucedeu na Escola da Fontinha, é porque a prioridade não são as pessoas. Quando os mercados tradicionais, como o Bolhão e o Bom Sucesso, são deixados degradar ou entregues a privados é porque há uma ideia de cidade que não respeita nem a sua memória nem os seus traços identitários. Quando a requalificação e reabilitação urbanas se confundem com interesses imobiliários é porque alguma coisa está mal e é preciso virá-la do avesso. E lá fui saber das finanças e pagar as contas. De saída, ainda atirei ao Júlio: hás-de explicar-me uma coisa que me aconteceu.


(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")

 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 20 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de set. de 2020


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Fonte: @cinePT-Cinema Portuguesa

A torre faz jus ao nome: é alta. À época, o edifício mais alto de Portugal, dizia-se. Tem seis andares e 75 metros de altura: uma maravilha de granito e mármore. É impossível imaginar o Porto sem o barroco da Torre dos Clérigos do italiano Nicolau Nasoni. Um belo dia – 28 de Outubro de 1917 – alguém se lembrou de fazer um filme publicitário e chamou os famosos acrobatas espanhóis, os Puertullanos, pai e filho, para escalarem a torre a pulso. Literalmente, de mãos nuas. Assim foi. Primeiro o filho. Galgou pilastras, cornijas e volutas e ao cabo de meia hora, perante o assombro da multidão, alcançou a esfera. Aí entrou em cena o pai. E lá foram os dois parede acima até ao cruzeiro de ferro no topo onde instalaram uma pequena mesa. Depois, tomaram chá, comeram bolachas petit beurre e lançaram das alturas milhares de papelotes promovendo os produtos da fábrica de moagens Invicta. O filme de Raul de Caldevilla – o autor e protagonista da história do nosso cinema no período que viria a ser conhecido por Ciclo do Porto – chama-se Um chá nas Nuvens. Portanto hoje escrevo sobre imagens. Gosto destes filmes de outros tempos feitos por gente de aqui. Mesmo se imperfeitos, como o são muitas vezes, nem por isso deixam de ser marcas do imaginário do Porto e documentos insubstituíveis para o conhecimento da cidade e da sua memória. Por isso, desagrada-me verificar que esse património – ou o que dele resta – nem sempre está acessível e disponível, até porque está em Lisboa na Cinemateca Portuguesa. Nada tenho contra Lisboa, muito menos contra a Cinemateca e conheço a complexidade da conservação e restauro de filmes. Sabendo da lamentável situação a que o país foi conduzido seria, aliás, imprudente duplicar recursos. Mas há coisas simples cuja exequibilidade depende mais da vontade de fazer do que de financiamentos avultados. Por exemplo, em princípio – digo em princípio porque sei dos melindres do meio – seria viável a transcrição para suporte digital dos filmes respeitantes ao património cinematográfico do Porto. As cópias passariam a fazer parte de uma base de dados sobre o cinema da cidade à qual as escolas, os investigadores e o público em geral pudessem aceder. Esse acervo de memória das imagens em movimento seria ampliado com a aquisição gradual de filmes feitos no Porto, sobre o Porto ou por gente do Porto, bem como com a produção escolar impulsionada sobretudo a partir da Capital Europeia da Cultura de 2001, a qual é quase confidencial em termos de visibilidade, mas que tem hoje expressão relevante e constitui um mosaico diferenciado de dar a ver a cidade e os seus protagonistas. Custa caro? Não. Boa parte do acervo poderá até ser gratuito uma vez que a generalidade dos criadores, não estando em causa a distribuição comercial, não terá problema em ceder cópias dos seus trabalhos. É útil? Muito, posto que permite disponibilizar imagens, narrativas e reflexões susceptíveis de induzir formas inovadoras de pensar a cidade. Também promove a auto-estima. E obviamente exige parcerias de modo a rentabilizar recursos e promover sinergias, por exemplo, com as Universidades, com as Escolas de Artes, com o Cineclube do Porto e com associações culturais. A autarquia poderia sem dificuldade coordenar uma iniciativa deste tipo. Eis, portanto, uma proposta razoável. De interesse estratégico, diga-se, posto caber no quadro de uma política cultural autárquica para as imagens, entendidas estas como elemento fulcral de uma modernidade que, passando pela memória identitária, permite reforçar a visibilidade local no plano global. Como tantas outras, também esta foi uma ideia avançada no fórum (re)inventar a cidade. Gosto do que lá tenho visto e ouvido: é assim, a falar com as pessoas, que ganha corpo um programa de candidatura coerente, adequado às circunstâncias e cujo objectivo é o de apresentar propostas para uma cidade melhor. Diluindo barreiras sociais. Promovendo a solidariedade. E recusando vender ilusões. A propósito, no filme de Raul de Caldevilla, a determinada altura, há uma imagem de uma multidão apinhada junto à Cadeia da Relação e no Jardim da Cordoaria. Na altura falou-se em 100 mil pessoas. É improvável. Mas sabe-se como estas coisas são. Ainda agora se disse terem estado 220 mil no circuito da Boavista organizado sob a égide do presidente da Câmara em vias de cessar funções após ter cumprido os três mandatos permitidos pela lei. Por mim, 100 mil ou 220 mil, está bem. Percebo a ideia: publicidade. Agora, o que eu não recomendaria, se me é permitido, é que candidato algum, por mais forte que julgue ser, se ponha a tentar ultrapassar o feito dos fantásticos Puertullanos.


(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")

 
 
 
  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 20 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 23 de set. de 2020


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Vou falar de túneis. Subitamente, toda a gente com responsabilidades na situação a que isto chegou desatou a glosar o tema onde aparece invariavelmente a referência a uma luzinha num fundo. A meu ver é mais um pisca-pisca, mas está bem, compreendo. Os partidos do governo, sempre desinteressados do futuro deles, mas preocupados com o futuro do país, acharam por bem ligar os faróis de nevoeiro, não vão os portugueses ficar privados de ver a inexpugnável lucidez que construiu os alicerces da “nova normalidade”, expressão que ouvi, não sem admiração, da boca do líder do PSD. Portanto, não vão os cidadãos distraírem-se e deitar tudo a perder daqui a uns meses, a maioria achou por bem sinalizar o caminho que vai dar à luzinha, da qual se fará luz e, por fim, clarão.

Inquestionavelmente, há aqui um campo de possibilidades. Por exemplo, se tudo correr como previsto, ouço na rádio, “em 2015, os transmontanos irão ver a luz em toda a extensão do túnel do Marão”, o qual, acrescenta a notícia, “é o maior da Península Ibérica, com cinco quilómetros de extensão”. Até que enfim, dei comigo a pensar, contente, porque, tratando-se de uma obra indispensável ao desenvolvimento de Trás-os-Montes, me fazia pena ver as máquinas paradas há mais de dois anos por incapacidade financeira do consórcio construtor, sem que o estado desse sinal de capacidade para desbloquear o a situação. Até ao último fim-de-semana. Andando pelo país a promover o plano estratégico da “nova normalidade” Passos Coelho chegou a Bragança e pronto, as obras vão avançar no primeiro semestre de 2014, garantiu ele. Moral da história, pensei eu: um grande túnel exige um grande líder.

Claro que não foi a primeira vez que ouvi o grande líder dar esta mesma notícia. Aliás, até nem faltaram garantias idênticas de um seu secretário de estado há meia dúzia de meses. Mas isso é só política. A substância é outra coisa. É a afirmação de uma vontade reformista comum, por exemplo, ao ministro Pires de Lima quando se desdobra em road shows, ao ministro Crato quando troca a investigação pelo cheque ensino ou ao ministro Mota Soares quando faz prova da quadratura do círculo aumentando pensões e cortando nas reformas. Isto sim, é imaginação. São medidas estruturais. E os resultados estão à vista: aumento das exportações, crescimento económico, quebra no número dos desempregados. São sinais ténues, mas são sinais, reconhecem eles enquanto o relógio pensado para ir além da Troika marca a hora do fim do protectorado que, afinal, nunca quiseram. Foi uma coisa chata, mas teve de ser. Agora, é pensar positivo: vem aí o mês de Maio e com ele a hipótese de uma nova Primavera.

Por isso, também o comissário Barroso viaja. Num dia voa para Atenas e anuncia que a Grécia - um país de tanga, no vocabulário dele - está no bom caminho, não precisa de mais resgates e vai começar a crescer após seis anos consecutivos de recessão. Tem sido duro, mas vejo uma luz ao fundo do túnel, diz ele. Noutro dia está num convento em Espanha para receber o prémio Carlos V da Fundação Academia Europeia de Yuste pelos serviços prestados à União. O primeiro-ministro português não podia faltar. É um exemplo de determinação, elogia-o o ainda comissário. De seguida, o mesmo primeiro-ministro recandidata-se à liderança do PSD e anuncia o perfil do candidato do partido às presidenciais: serve na perfeição ao futuro ex-comissário Barroso. Faz sentido. É tempo de dar sinal de que tudo vai no bom caminho, a tal luzinha.

Episódios de demissões mais ou menos irrevogáveis já lá vão. Os credores puseram em dúvida a receita aplicada? Paciência. Aliás, deviam era ter estado calados. Há problemas? Sim, alguns. Alguns? Bem, a dívida pública continua a crescer com a austeridade. Por acaso, de acordo com o novo Sistema Europeu de Contas deverá aumentar mais 10 pontos percentuais e ultrapassar, segundo o Eurostat, uns inimagináveis 136% do PIB. Pois, mas os juros estão a cair, rejubilam eles. O orçamento de estado aprovado para 2014 e viabilizado pelo Presidente da República resistiu nove dias. O rectificativo avança esta semana. Culpa do Tribunal Constitucional, dizem eles. Todos os meses continuam a emigrar milhares de portugueses. Novas oportunidades, ponderam eles. O que havia para vender foi passado a patacos e, agora, até os quadros do Miró vão viajar. Miró? Está cotado em bolsa, perguntam eles. Os serviços públicos estão como estão, ou seja, ainda não estão como deviam estar, pensam deles. E quando no final deste mês as pessoas virem as suas folhas de salários e de pensões, pois animem-se, confiem na destruição criativa.

Ou seja, nos próximos meses, não faltarão arautos da bondade da tese da luz ao fundo do túnel. Vai ser um festival mediático. Cá dentro e lá fora. A mim, na minha simplicidade, parece-me o seguinte: havendo bom senso, alguma luz poderá fazer-se nas eleições europeias de Maio; mas se esta maioria não for borda fora o que teremos é o túnel ao fim da pouquíssima luz que ainda resta.


(Texto publicado em 2013 por ocasião da campanha do BE "E se virássemos o Porto ao contrário")

 
 
 
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Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

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