top of page
8811.jpg
   viagem pelas imagens e palavras do      quotidiano

NDR

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 6 de nov. de 2020
  • 1 min de leitura


25 de junho de 1975. Samora Machel, o guerrilheiro e líder da Frelimo, proclama a independência de Moçambique. Samora trabalhou com o meu pai no Hospital de Lourenço Marques. Foi durante pouco tempo, mas o tempo bastante para, anos mais tarde, ao conhecer o meu tio Carlos Costa, dirigente do PCP, lhe dizer: tu és cunhado do dr. Costa Campos, por isso nós somos família. Conto a história só para que se saiba o quanto foram grandes as minhas expetativas a respeito de Moçambique independente. Pela minha parte falei uma única vez com Samora, em Guimarães, durante uma visita de Estado que fez a portugal e parte da qual acompanhei enquanto jornalista. Disse-lhe quem era e ele, com aquele sorriso de orelha a orelha que o distinguia, disse-me: volta para lá! Na verdade, saí de Moçambique em 1973 e nunca mais lá voltei. Até hoje. Nesta data, 44 anos depois da independência, bem gostaria que Moçambique tivesse encontrado o seu rumo. O mundo dá muitas voltas e nem sempre pula e avança. Fosse vivo, Samora diria: A luta continua!

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 1 de nov. de 2020
  • 1 min de leitura


Em 1937, uma capa da Life mostrava Hitler e Goebbels nos jardins da nova casa de Leni Riefensthal, um lugar muito aprazível. Nesse mesmo ano, os dois sujeitos tinham uma divergência curiosa. Ambos diziam que a propaganda era tudo. Mas Goebbels entendia que, para ser eficaz, a propaganda não devia ser percepcionada enquanto tal. Hitler, pelo contrário, defendia a mentira pura e dura posto que, sem contraditório, seria sempre a verdade. Com o tempo e com a guerra prevaleceu o princípio segundo o qual uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade. Hoje, os manuais dos marqueteiros de campanhas assumem que o dito foi não dito porque foi dito com a maior naturalidade

  • Foto do escritor: Jorge Campos
    Jorge Campos
  • 31 de out. de 2020
  • 1 min de leitura


Memória. Outubro de 1934. O Japão ocupava a China. Ao invés do combate ao invasor, Chiang Kai-Shek deu prioridade ao aniquilamento dos comunistas. Mao e o seu exército refugiaram-se na província de Kiangsi. A guerra intensificou-se. Apoiados por peritos militares alemães, os nacionalistas de Chiang Kai-Shek cercaram as tropas maoistas. Cem mil soldados do Exército Vermelho conseguiram romper o boqueio, iniciando a lendária longa marcha de mais de 10 mil quilómetros. Só 20 mil sobreviveram à fome, à doença, ao cansaço e aos combates com os nacionalistas. Foram os bastantes para criar uma república comunista no norte. 15 anos mais tarde, era proclamada a República Popular da China. A Longa Marcha foi há mais de 80 anos. Hoje, a China é o que é. Mais o que dela cada um de nós quiser que ela seja.

120048145_341823260208071_74511127798334

Receba a Newsletter de NDR diretamente na sua caixa de email

Ouvir

Ver, Ouvir & Ler

Ler

C A T E G O R I A S

Ensaios, conferências, comunicações académicas, notas e artigos de opinião sobre Cultura. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes  quando se justificar.

Iluminação Camera

 

Ensaios, conferências, comunicações académicas, textos de opinião. notas e folhas de sala publicados ao longo de anos. Sem preocupações cronológicas. Textos recentes quando se justificar.

Estático

Arquivo. Princípios, descrição, reflexões e balanço da Programação de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, da qual fui o principal responsável. O lema: Pontes para o Futuro.

televisão sillouhette

Atualidade, política, artigos de opinião, textos satíricos.

Notas, textos de opinião e de reflexão sobre os media, designadamente o serviço público de televisão, publicados ao longo dos anos. Textos  de crítica da atualidade.

Notas pessoais sobre acontecimentos históricos. Memória. Presente. Futuro.

Textos avulsos de teor literário nunca publicados. Recuperados de arquivos há muito esquecidos. Nunca houve intenção de os dar à estampa e, o mais das vezes, são o reflexo de estados de espírito, cumplicidades ou desafios que por diversas vias me foram feitos.

Imagens do Real Imaginado (IRI) do Instituto Politécnico do Porto foi o ponto de partida para o primeiro Mestrado em Fotografia e Cinema Documental criado em Portugal. Teve início em 2006. A temática foi O Mundo. Inspirado no exemplo da Odisseia nas Imagens do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estabeleceu numerosas parcerias, designadamente com os departamentos culturais das embaixadas francesa e alemã, festivais e diversas universidades estrangeiras. Fiz o IRI durante 10 anos contando sempre com a colaboração de excelentes colegas. Neste segmento da Programação cabe outro tipo de iniciativas, referências aos meus filmes, conferências e outras participações. Sem preocupações cronológicas. A Odisseia na Imagens, pela sua dimensão, tem uma caixa autónoma.

Todo o conteúdo © Jorge Campos

excepto o devidamente especificado.

     Criado por Isabel Campos 

bottom of page